segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Divulgado datas do Processo Seletivo 2012


Foram divulgadas hoje as datas do 1º Processo Seletivo 2012 do IFPA Campus Castanhal, para os cursos de nível médio e subsequente, cujo edital deverá ser publicado no próximo dia 07 de novembro.  A prova está prevista para o dia 18 de dezembro de 2011.

Segundo informações da Comissão do Processo Seletivo, 290 vagas serão ofertadas, sendo que 120 serão destinadas para a formação de 3 novas turmas de Ensino Médio integrado com o Ensino Técnico em Agropecuária. No ensino subsequente (ou Pós Médio), haverão quatro novas turmas: uma de Meio Ambiente (40 vagas, turno da tarde), uma de Florestas (35 vagas, turnos manhã e tarde), uma de Agroindústria (35 vagas; turno manhã) e duas de Redes de Computadores (30 vagas à tarde, 30 vagas à tarde). Não haverá formação de novas turmas de Pós Médio Agropecuária por enquanto, somente após a conclusão das turmas atuais, o que deve ocorrer ainda no ano de 2012.O PROEJA também terá uma nova turma, mas haverá um edital específico para sua seleção, que será publicado futuramente.

Em relação ao Processo Seletivo para o Ensino Superior, este ano será 100% através da nota do ENEM, pelo SISU. Estão previstas novas turmas de Engenharia Agronômica e Tecnologia em Aquicultura. Mas, ainda não temos previsão de quando sai este edital.

As aulas do próximo semestre, para os cursos de nível médio e subsequente, estão previstas para iniciar no dia 12 de março de 2012.

Abaixo, o calendário completo do 1º Processo Seletivo 2012:
  • Publicação do EDITAL - 07/11/2011
  • Período para solicitação de isenção da taxa de inscrição - 07/11 a 11/11/2011
  • Período da inscrição do Processo - 07/11 a 30/11/2011
  • Resultado da isenção do pagamento da taxa de inscrição - 22/11/2011
  • Prazo final para pagamento do Boleto Bancário - 30/11/2011
  • Publicação da confirmação de inscrição do candidato através do site: http: //www. castanhal.ifpa.edu.br - A partir de 08/12/2011
  • Prova prevista - 18/12/2011
  • Publicação do Gabarito Preliminar da Prova Objetiva - 19/12/2011
  • Período para recurso do Gabarito da Prova Objetiva - 19 a 21/12/2011
  • Publicação do Gabarito Oficial da Prova Objetiva - 23/12/2011
  • Divulgação do Resultado final - Até 20/01/2012
  • Período para Efetivação da Matricula - 30/01 a 10/02/2012
Para maiores informações, entre em contato com a Comissão do Processo Seletivo pelo fone (091) 3412-1612, ou por e-mail: cpps.castanhal@ifpa.edu.br.

Volta às aulas

Depois de um longo período de greve, hoje retornaram as aulas no IFPA Campus Castanhal. Os estudantes que moram fora do município estão chegando gradativamente, e a movimentação tende a aumentar nos próximos dias.

Das turmas de Proeja, a 1ª D e a 3ª D tem reinício das aulas no dia de hoje, sendo que o atual tempo escola dessas turmas irá até o dia 19/11/11 (eles funcionam em alternância pedagógica). A turma 2ª D (PROEJA Quilombola) deverá iniciar seu tempo escola somente no dia 21/11/11.

Cursos Técnicos para Músicos em Castanhal

O Rede Motiva - Conexão Vivo, projeto que promove atividades formativas visando ao desenvolvimento pessoal e à ampliação da carreira dos profissionais da música estará realizando quatro cursos em Castanhal, com o apoio da Prefeitura Municipal de Castanhal, através da FUNCAST.
Os cursos são gratuitas e as vagas são limitadas. Eles abordarão de forma ampla, temas importantes do mercado musical como empreendedorismo, as novas perspectivas da economia da cultura, formalização e organização do setor, além de qualificações técnicas.

Veja quais são os cursos e as datas de realização:
 
- TÉCNICAS DE SONORIZAÇÃO (03 E 04/11/11)
- ROADIE (15 A 17/11/11)
- PRODUTOR CULTURAL) (18 A 20/11/11)
- PRODUÇÃO DE ESTÚDIO (29 E 30/11 E 1º/12/11)

Para maiores informações sobre os horários dos cursos, entre em contato com a FUNCAST (3711-7137).Os interessados podem fazer sua inscrição pela Internet, pelo link:

http://www.redemotiva.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=114%3Acursosinsc&catid=55&Itemid=64




terça-feira, 25 de outubro de 2011

Movimento por uma ciência menos produtivista

Pelo movimento slowscience

Pesquisadores, professores, nós precisamos urgentemente desacelerar! Vamos nos libertar da síndrome da Rainha Vermelha! Pare de querer seguir cada vez mais rápido. Pare de querer seguir cada vez mais e mais rápido, o que resulta apenas em estagnação ou até mesmo retrocesso. Na mesma toada do Slow Food, Slow City e Slow Travel, nós criamos o movimento Slow Science.
Olhar, pensar, ler, escrever, ensinar. Tudo isso leva tempo e nós temos cada vez menos tempo para isso, se é que já não perdemos completamente esse tempo. Dentro e ao redor de nossas instituições, a pressão social promove a cultura do imediatismo e do urgente. Com produções em tempo real, os projetos vão e vêm em um compasso cada vez mais rápido. E nossas vidas profissionais não são as únicas vítimas dessa pressão: um colega que não está sobrecarregado e estressado é visto como excêntrico, apático ou preguiçoso – tudo em detrimento da ciência. A Fast Science, assim como a Fast Food, prima pela quantidade acima da qualidade.

Nós multiplicamos nosso projetos de pesquisa para angariar fundos para nossos laboratórios, que muitas vezes estão em condições deploráveis. Resultado: assim que acabamos de desenvolver um programa e, por mérito ou sorte, conseguimos financiamento, precisamos imediatamente pensar na próxima proposta, em vez de nos dedicarmos ao primeiro projeto.

Como os avaliadores e outros especialistas também estão sempre com pressa, nossos currículos são corriqueiramente avaliados somente pela sua extensão: quantas publicações, quantas apresentações, quantos projetos? Esse fenômeno cria uma obsessão pela quantidade na produção científica. Resultado: é impossível ler tudo, mesmo dentro de uma especialidade. Assim, muitos artigos nunca são citados e talvez nunca sejam lidos. Nesse contexto, é cada vez mais difícil localizar as publicações e apresentações que realmente importam – aquelas em que um colega despendeu meses, às vezes até anos, aperfeiçoando – entre outras milhares que são duplicadas, recortadas, recicladas, ou até mais ou menos “emprestadas”.

Claro que nossa formação deve ser “inovadora”, obviamente de “alta performance”, “estruturada” e adaptada ao “desenvolvimento de novas competências”. É difícil identificar as mudanças apropriadas em um mundo em movimento constante. Como resultado dessa corrida frenética rumo à “adaptação”, a questão do conhecimento fundamental a ser passado adiante – conhecimento que, por definição, não se altera – não está mais na agenda dos cientistas. O que importa é estar em sintonia com os tempos e, especialmente, mudar constantemente para manter a máquina em funcionamento.

Se aceitamos responsabilidades administrativas (conselhos universitários, departamentais ou administração de laboratórios), como todos somos obrigados a fazer durante nossa carreira acadêmica, somos automaticamente obrigados a preencher um número sem fim de formulários, muitas vezes dando a mesma informação e as mesmas estatísticas pela enésima vez. Ainda mais sério, o resultado da burocracia generalizada e da “encontrite” – a última, com o intuito de manter a aparência de colegialidade enquanto, em geral, acaba por esvaziar sua essência – é que ninguém tem tempo para nada: é preciso avaliar a submissão que foi recebida hoje para que seja implementada amanhã! E enquanto fazemos dessa situação uma caricatura, essa realidade se aproxima.

Essa degeneração da nossa atividade não é inevitável. Resistir à Fast Science é possível. Nós temos a chance de construir a Slow Science, dando prioridade a valores e princípios:

  • nas universidades, a pesquisa é o motor da educação, apesar dos ataques repetidos daqueles que sonham em eliminar a pesquisa das universidades francesas. É imperativo preservar ao menos 50% de nosso tempo à atividade de pesquisa, que determina a qualidade de tudo o mais. Em termos concretos, isso implica a rejeição de qualquer atividade que venha a confrontar-se com esses 50%.
  • pesquisar e publicar enfatizando a qualidade exige que todos nos concentremos nessas atividades por um período suficientemente longo. Para esse fim, nós necessitamos de períodos regulares sem responsabilidades administrativas ou de ensino (o direito de se dedicar exclusivamente à pesquisa um semestre a cada 4 anos, por exemplo).
  • não devemos focar na quantidade no currículo. Universidades estrangeiras já apontam para este caminho ao limitar a cinco o número de publicações que podem ser mencionadas em submissões para doutorado ou uma vaga na universidade (“Reward quality not quantity”, Trimble, S.W., Nature, 467 : 789, 2010). Esse princípio pressupõe que devemos decidir, em colegiado e de forma transparente, como avaliar nossos cientistas pela qualidade de sua produção científica, não pela quantidade de publicações e comunicações.
  • nutrida pela pesquisa, a missão por excelência dos cientistas de uma universidade é passar o conhecimento adquirido adiante. Os membros dos institutos devem ter tempo para ensinar, através do aprimoramento de suas condições de trabalho. Quanto tempo é gasto em solucionar problemas práticos, muitas vezes triviais, e que estão além das atribuições de seu trabalho? O tempo gasto em tarefas administrativas e na “criação de modelos” deve ser reduzido. Os tão famosos “modelos” deveriam realizar apenas a tarefa de definir o currículo específico para uma disciplina em uma universidade. Não é necessário mudar esse quadro a cada quatro ou cinco anos, como é o caso atualmente.
  • em nossas tarefas administrativas, é preciso reivindicar tempo para estudar as questões que estão diante de nós. Para o interesse de todos, devemos analisar o conteúdo criticamente. Rejeite então a pequena democracia e colegialidade criadas ao votar em tópicos que, no melhor caso, só serão analisados superficialmente. Não há nenhuma razão para aceitar a ideologia da urgência, repetida ad nauseam pelo ministro e seus “administradores”.
  • De forma mais geral, nós não devemos esquecer que há vida fora da universidade. Nós precisamos de tempo para nossas famílias, nossos amigos, nosso lazer… para o prazer de não fazer absolutamente nada!

Se você concorda com esses princípios, assine a petição pela fundação do movimento Slow Science. Acima de tudo, permita-se um tempo antes de decidir assinar a petição ou não!

Joël Candau, October 29, 2010 (published July 17, 2011)

Tradução do inglês e do francês para o português: Janaisa Martins Viscardi (UNICAMP, Brasil)

Fonte: http://slowscience.fr/?page_id=68

Carteiras de meia passagem intermunicipal são entregues

191 carteiras de meia passagem intermunicipal, de estudantes que solicitaram neste ano, foram finalmente entregues na última sexta-feira, dia 21 de outubro de 2011, às 15 horas, no auditório central do IFPA Campus Castanhal.

Na ocasião, os poucos estudantes presentes (ainda estavámos no período de greves) puderam fazer perguntas aos membros da Comissão Gestora que vieram fazer as entregas, tirar dúvidas e fazer proposições, especialmente ao atual presidente da referida Comissão, o também estudante Ozinaldo.

Essas 191 carteiras entregues ainda não representam a totalidade. Devido a problemas de falta de material, a Comissão Gestora não conseguiu terminar a confecção de todas as carteiras, o que prometeu estar fazendo o mais breve possível. Assim, ainda estamos aguardando a confecção de um segundo lote de carteiras de nossos estudantes.

O prazo de validade das novas carteiras é até 31 de março de 2012. As carteiras antigas também tiveram seu prazo de validade prorrogado até essa mesma data.

As carteiras entregues e cópias da resolução que prorrogou a validade das carteiras antigas estão à disposição dos estudantes, na Secretaria da CGAE.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

III Festival Curta Castanhal exibe filmes selecionados

O III Festival de Curta Metragem de Castanhal realizará sua mostra competitiva nos dias 25 e 26 de outubro de 2011 (amanhã e depois), com a exibição dos dez filmes selecionados pelo júri, além dos filmes da categoria Mix Diversidade (temática LGBT). A programação tem início sempre às 19 horas, na Fundação Cultural de Castanhal - FUNCAST (antiga Casa de Cultura), situada na Rua Senador Lemos, 749, no Centro de Castanhal. Haverá votação do melhor filme pelo júri popular. Edivaldo Moura, Técnico em Assuntos Educacionais do IFPA Campus Castanhal, terá dois filmes dirigidos por ele exibidos no festival ("Alegoria dos Vasos" e "Amor, eu vou gozar").

Abaixo, a lista dos filmes que serão exibidos.

Vale a pena conferir:

Alegoria dos Vasos (Direção: Anselmo Gomes e Edivaldo Moura/ Gênero: Experimental/Castanhal)

Voa Japim voa (Direção: Jhamerson Wandrew / Gênero: Animação / Castanhal)

Castanhal Passado e Presente (Direção: Gilberto Queiroz Carneiro/Gênero: Experimental/ Castanhal)

Dia de Feira (Direção: Patrick de Souza Carvalho/Gênero: Documentário/Castanhal)

Árvore (Direção: Carlos Avelar e Mozaniel Santos/Gênero: Animação/Castanhal)

Dengue Hemorrágica (Direção: Jhamenson Wandrew /Gênero: Animação/Castanhal)

Carroceiros (Direção: Amilcar Carneiro/Gênero: Documentário/Castanhal)

Visões de um Assalto (Direção: Chico Carneiro/Gênero: Documentário/Castanhal)

Fé Circense (Direção: Ney Marcondes/Gênero: Documentário/Castanhal)

Amor, eu vou gozar (Direção: Edivaldo Moura/Gênero: Ficção/Castanhal)


FILMES DACATEGORIA MIX DIVERSIDADE (LGBT) :

Boneca (Direção: Jhamenson Wandrew /Gênero: Animação / Castanhal)

AULAS NO IFPA CAMPUS CASTANHAL RETORNAM NO DIA 31/10/11

Após a deliberação na última PLENA do Sinasefe, no último sábado, pela suspensão da greve, a Direção Geral do IFPA Campus Castanhal reuniu hoje com a Diretoria de Ensino, Coordenação de Ensino, Coordenação do Nível Superior e Coordenação Geral de Assistência Estudantil para definir o restante do calendário letivo deste ano de 2011.

O Retorno às aulas será já na próxima segunda-feira, dia 31 de outubro de 2011. As aulas vão até 18 de fevereiro de 2012. Para agilizar o calendário e fazer valer os 200 dias letivos mínimos exigidos por Lei, haverá aulas todos os sábados, nos turnos da manhã e da tarde. Espera-se que o semestre seja encerrado antes do início das matrículas nas universidades, para não causar prejuízos aos estudantes que conseguirem ingressar na faculdade em 2012.

O próximo ano letivo (2012) deverá ser iniciado com um Encontro Pedagógico nos dias 07 a 09 de março de 2012. As aulas do próximo ano iniciarão dia 12 de março de 2012. As datas dos próximos processos seletivos e o calendário de aulas das turmas do PROEJA (que se alternam em tempo escola e tempo comunidade) serão definidas nos próximos dias. Nesta próxima quinta-feira, dia 27 de outubro, haverá uma reunião com os professores, para realização dos encaminhamentos para o reinício das aulas na próxima segunda-feira, dia 31 de outubro de 2011.

Pedimos que nossos estudantes e servidores façam circular essa informação, especialmente aos estudantes que estão em suas cidades, aguardando notícias sobre o fim da greve.

ACABOU A GREVE, PESSOAL!!!

A GREVE ESTÁ SUSPENSA!



Dessa vez, parece realmente que a greve vai acabar. Segundo informações do site do Sinasefe/PA, a 106ª Plenária Nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, realizada neste último sábado, dia 22/10/11, em Brasília, votou pela suspensão da greve nos Institutos Federais (30 votos a favor da suspensão e 14 votos contra). As seções sindicais ficaram de encaminhar a decisão em seus estados nesta semana. A seção estadual do Sinasefe no Pará deverá realizar um encontro dos delegados sindicais dos campi do IFPA nos próximos dias 25 e 26/10 (amanhã e depois) para discutir os rumos da greve em nosso Instituto. Dentre os temas para debate estão uma avaliação da greve e a discussão de uma proposta de calendário letivo.


Estamos apostando nossas fichas que essa greve termina essa semana. O Sinasefe no Pará seguiu até aqui as decisões das Plenárias Nacionais. Pela primeira vez, uma Plenária Nacional do Sinasefe deliberou pela suspensão da greve. Se a seção sindical do Pará resolver continuar a greve em nosso estado irá carregar uma grande responsabilidade nas costas, visto que a tendência é que muitos Institutos saiam da greve ainda esta semana. Além disso, quanto mais tempo se demora para acabar a greve, mais se complica o calendário letivo. E os estudantes do Campus Castanhal estão em grande nível de insatisfação, principalmente após a última quinta-feira, dia 20/10/11, quando organizaram uma assembléia estudantil para avaliar a greve no campus e convidaram o reitor do IFPA e o Sinasefe para participar. Nem um nem outro compareceram à assembléia dos estudantes, mas estes semi-lotaram o auditório central. Além disso, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica - SETEC expediu, no último dia 18 de outubro, o ofício circular nº 127, orientando aos gestores dos institutos federais de ensino que façam o corte de ponto dos servidores grevistas. O Sinasefe reagiu. Aqui no Pará, segundo informações do site da Seção Sindical do estado, os coordenadores do Sinasefe tiveram reunião com o reitor do IFPA, Edson Ary, ouvindo deste a promessa de que não faria o corte no ponto dos servidores. Ainda assim, seria muita pressão para o Sinasefe/PA manter a greve somente a nível local. 


Por todas essas razões, acreditamos que a seção sindical do Sinasefe no Pará deve seguir os indicativos da Plenária Nacional e suspender a greve. Logo que isso acontecer, é que devemos ter certeza de quando as aulas reiniciarão e de como ficará o calendário letivo, grande dúvida e angústia dos estudantes. Isso ainda não está decidido. Mas, cremos que teremos notícias sobre isso ainda esta semana.


Apesar dos pesares, a suspensão da greve não representa a derrota do Sinasefe. Além de algumas proposições que já haviam sido feitas pelo MEC e a promessa do MPOG de que receberia a categoria para negociação após o fim da greve, outra importante conquista da categoria foi o fato de que a PL 549/09, que limitaria investimento públicos e congelaria os salários dos servidores públicos federais por dez anos, foi rejeitada no dia 19/10/11 por unanimidade na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Nacional. A PL deve seguir agora para a Comissão de Constituição de Justiça, onde se tem a expectativa de que o também seja rejeitada. 


Aguardamos as deliberações dos delegados sindicais de nosso estado, com a expectativa de podermos finalmente anunciar a suspensão da greve e o retorno das aulas.

domingo, 23 de outubro de 2011

Importante Encontro sobre Desenvolvimento Rural no Brasil


Ocorreu em Salvador nos dias 25 à 29 de setembro um Encontro denominado de DIÁLOGOS E CONVERGÊNCIAS, articulados por diversas Redes e Organizações da Sociedade Civil tem como objetivos "É um encontro de diálogos porque pretende ser um espaço para a troca de idéias, conhecimento de experiências, intercâmbio de informações de forma democrática e transparente. E é também de convergências porque quer estimular que experiências e pensamentos que levem a construção de um modelo de desenvolvimento justo com o meio ambiente e os seres humanos se encontrem e unam forças para enfrentar a forma predatória e exploratória em curso hoje. E, além disso, apontem, coletivamente, caminhos concretos de práticas diferenciadas.

O resultado, além das trocas de experiências e debates, foi a construção de uma Carta Política pautando temas fundamentais para o avanço da democracia, cidade e um desenvolvimento rural sustentável. Vale a pena conferir.


CARTA DE SALVADOR

Somos 300 cidadãos e cidadãs brasileiras integrados à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), à Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), à Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), ao Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), ao Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), à Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), à Rede Alerta contra o Deserto Verde (RADV), à Marcha Mundial de Mulheres e à Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), em reunião na cidade de Salvador-BA, entre os dias 26 a 29 de setembro de 2011, durante o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências entre Agroecologia, Saúde e Justiça Ambiental, Soberania Alimentar, Economia Solidária e Feminismo.Final

Nosso encontro resulta de um longo e fecundo processo de preparação motivado pela identificação e sistematização de casos emblemáticos que expressam as variadas formas de resistência das camadas populares em suas diferentes expressões socioculturais e sua capacidade de gerar propostas alternativas ao modelo de desenvolvimento hegemônico em nosso país. Vindos de todas as regiões do país, esses casos iluminaram nossos debates durante esses três dias e fundamentam a manifestação política que apresentamos nesta carta.

Ao alimentar esse padrão de desenvolvimento, o governo Dilma inviabiliza a justa prioridade que atribuiu ao combate à miséria em nosso país. Tendo como eixo estruturante o crescimento econômico pela via da exportação de commodities, esse padrão gera efeitos perversos que se alastram em cadeia sobre a nossa sociedade. No mundo rural, a expressão mais visível da implantação dessa lógica econômica é a expropriação das populações de seus meios e modos de vida, acentuando os níveis de degradação ambiental, da pobreza e da dependência desse importante segmento da sociedade a políticas sociais compensatórias. Esse modelo que se faz presente desde o início de nossa formação histórica ganhou forte impulso nas últimas décadas com o alinhamento dos seguidos governos aos projetos expansivos do capital internacional. Materialmente, ele se ancora na expansão do agronegócio e em grandes projetos de infraestrutura implantados para favorecer a extração e o escoamento de riquezas naturais para os mercados globais.

Os casos emblemáticos que subsidiaram nossos diálogos demonstram a essência violenta desse modelo que viola o “direito de ficar”, desterritorializando as populações, o que significa subtrair delas a terra de trabalho, o livre acesso aos recursos naturais, suas formas de organização econômica e suas identidades socioculturais. Os movimentos massivos de migração compulsória daí decorrentes estão na raiz de um padrão de distribuição demográfica insustentável e que cada vez mais converte as cidades em polos de concentração da pobreza, ao passo que o mundo rural vai se desenhando como um cenário de ocupação do capital e de seu projeto de uma agricultura sem agricultoras e agricultores.

A progressiva deterioração da saúde coletiva é o indicador mais significativo das contradições de um modelo que alça o Brasil a uma das principais economias mundiais ao mesmo tempo em que depende da manutenção e seguida expansão de políticas de combate à fome e à desnutrição. Constatamos também que esse modelo se estrutura e acentua as desigualdades de gênero, de geração, de raça e etnia.

Nossas análises convergiram para a constatação de que os maiores beneficiários e principais indutores desse modelo são corporações transnacionais do grande capital agroindustrial e financeiro. Apesar de seus crescentes investimentos em marqueting social e verde, essas corporações já não conseguem ocultar suas responsabilidades na produção de uma crise de sustentabilidade planetária que atinge inclusive os países mais desenvolvidos e que se manifesta em desequilíbrios sistêmicos expressos no crescimento do desemprego estrutural, na acentuação da pobreza e da fome, nas mudanças climáticas, na crise energética e na degradação acelerada dos recursos do ambiente.

As experiências mobilizadas pelas redes aqui em diálogo denunciam as raízes perversas desse modelo ao mesmo tempo em que contestam radicalmente as falsas soluções à crise planetária que vêm sendo apregoadas pelos seus agentes promotores e principais beneficiários. Ao se constituírem como expressões locais de resistência, essas experiências apontam também caminhos para a construção de uma sociedade justa, democrática e sustentável.

A multiplicação dessas iniciativas de defesa de territórios, promoção da justiça ambiental e de denúncia dos conflitos socioambientais estão na raiz do recrudescimento da violência no campo que assistimos nos últimos anos. O assassinato de nossos companheiros e companheiras nessas frentes de luta é o mais cruel e doloroso tributo que o agronegócio e outras expressões do capital impõem aos militantes do povo e ao conjunto da sociedade com suas práticas criminosas.

Nossos diálogos procuraram construir convergências em torno de temas que mobilizam as práticas de resistência e de afirmação de alternativas para a sociedade.

Os diálogos sobre reforma agrária, direitos territoriais e justiça ambiental responsabilizaram o Estado face ao quadro de violência com assassinatos, expulsão e deslocamentos compulsórios de populações pela ação dos grandes projetos como as hidrelétricas, expansão das monoculturas e o crescimento da mineração; a incorporação de áreas de produção de agrocombustíveis, reduzindo a produção de alimentos; a pressão sobre as populações que ocupam tradicionalmente áreas de florestas, ribeirinhas e litorâneas, como os mangues, os territórios da pesca artesanal, com a desestruturação de seus meios de vida e ameaça ao acesso à água e à soberania alimentar.

As convergências se voltaram para a reafirmação da centralidade da luta pela terra, pela reforma agrária e pela garantia dos direitos territoriais das populações. O direito à terra está indissociado da valorização das diferentes formas de viver e produzir nos territórios, reconhecendo a contribuição que povos e populações tradicionais oferecem à conservação dos ecossistemas; do reconhecimento dos recursos ambientais como bens coletivos para o presente e o futuro; e os direitos das populações do campo e da cidade a uma proteção ambiental equânime. Convergimos ainda na afirmação de que o direito à terra e os direitos à água, à soberania alimentar e à saúde estão fortemente associados.

Reconhecemos a importância da mobilização em apoio ao Movimento Xingu para sempre - em defesa da vida e do Rio Xingu, considerado como um exemplo emblemático de luta de resistência ao atual modelo de desenvolvimento. Defendemos o fortalecimento da articulação dos atingidos pela empresa Vale e as propostas que combinem a gestão ambiental com a produção agroecológica, a exemplos de experiências inovadoras dos movimentos sociais em assentamentos da Reforma Agrária.

No debate sobre mudanças climáticas, seus impactos, mecanismos de mercado e a agroecologia como alternativa, recusamos que a proposta agroecológica seja apropriada como mecanismo de compensação, seja ele no invisível e inseguro mercado de carbono, seja em REDD, REDD+, REDD++ (redução das emissões por desmatamento e degradação) ou ainda dentro do pagamento de serviços ambientais. A Rio +20 engendra e consolida a chamada “economia verde”, que pode significar uma apropriação, pelo capitalismo, das alternativas construídas pela agricultura familiar e camponesa e pela economia solidária, reduzindo a crise socioambiental a um problema de mercado.

A Agroecologia não é uma simples prestadora de serviços, contratualizada com setor privado. Ela reúne nossas convergências no campo e na cidade, trabalhando com gente como fundamento. É possível financiar a Agroecologia a partir da contaminação, escravidão, racismo e acumulação cada vez maior do capital? É possível fazer um enfrentamento a partir do pagamento de serviços ambientais por contratos privados, parcerias público-privadas?

Ao debater os impactos da expansão dos monocultivos para agrocombustíveis e padrões alternativos de produção e uso de energia no mundo rural, os diálogos apontaram que a energia é estratégica como elemento de poder e autonomia dos povos, mas está diretamente ligada ao modelo (hegemônico e falido) de consumo, produção e distribuição. A produção de agrocombustiveis, baseada na monocultura, na destruição do ambiente, na violação dos direitos e injustiças sociais e ambientais, associa-se ao agronegócio e ameaça a soberania alimentar.

As políticas públicas sistematicamente desvirtuam as propostas calcadas nas experiências populares, colocando as cooperativas e iniciativas da agricultura familiar na lógica da competição de mercado e em patamar desigual em relação às corporações, tal qual ocorre nas áreas de geração de energia elétrica, segurança alimentar, ciência e tecnologia ou mesmo da economia solidaria.

Nas políticas para os agrocombustiveis, a agricultura familiar é inserida como mera fornecedora de matérias primas e o modelo de integração é dominante, mascarando o arrendamento e assalariamento do campesinato e embutindo o pacote tecnológico da revolução verde através das políticas de crédito, assistência técnica e extensão rural. O diálogo do governo com os movimentos sociais se precariza pela setorização e atomização das relações, enquanto a mistura de interesses e operações entre MDA e Petrobrás acaba por legitimar o canal de negociação empresarial no marco de uma política pública.

As experiências de produção descentralizada de energia e alimentos apontam como soluções reais aquelas articuladas por organizações e movimentos sociais que integram as perspectivas da agroecologia, da soberania alimentar e energética, da economia solidária, do feminismo e da justiça social e ambiental, e são baseadas na forte identidade territorial e prévia organização das comunidades.

Estas iniciativas têm em comum a diversificação da produção e dos mercados e a prioridade no uso dos recursos, dos saberes e dos espaços de comercialização locais. Estão sob o controle dos agricultores e têm autonomia frente às empresas e ao Estado. Articulam-se a programas e políticas públicas diversas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), não apenas ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). Os processos de transformação estão sob o domínio das organizações em toda a cadeia produtiva, e há diversificação da produção de alimentos e de matriz energética e co-produtos, para além e como conseqüência da produção de combustível. As formas de produção estão em rede e têm capacidade de se contrapor aos sistemas convencionais como premissa de sua permanência no território.

Com base nestes princípios e lições, as políticas públicas para a promoção da produção de energia e alimentos devem ter: um marco legal diferenciado para a agricultura familiar; promover a produção e uso diversificado de óleos, seus co-produtos e outras culturas, adequadas à diversidade cultural e biológica regional; atender à demanda de adequação e desenvolvimento de tecnologia e equipamentos apropriados, acompanhada de processos de formação e de redes de inovação nas universidades; além de proporcionar autonomia na distribuição e consumo local de óleos vegetais, biodiesel e álcool.

Os diálogos sobre os agrotóxicos e transgênicos, articulando as visões da justiça ambiental, saúde ambiental e promoção da agroecologia, responsabilizaram o Estado pelas políticas de ocultamento de seus impactos expressas nas dificuldades de acesso aos dados oficiais de consumo de agrotóxicos e de laudos técnicos sobre casos de contaminação; na liberação de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) sem debate democrático com a sociedade e sem atender ao princípio da precaução; na frágil vigilância e fiscalização trabalhista, ambiental e sanitária; na dificuldade do acesso aos laboratórios públicos para análise de amostras de contaminação por transgênicos e por agrotóxicos no ar, água, alimentos e sangue; terminando por promover um modelo de desenvolvimento para o campo que concentra terra, riqueza e renda, com impactos diretos nas populações mais vulneráveis em termos socioambientais.

Há um chamamento para que o Estado se comprometa com a apuração das denúncias e investigação dos crimes, a exemplo do assassinato do líder comunitário José Maria da Chapada do Apodi, no Ceará; com a defesa de pesquisadores criminalizados por visibilizar os impactos dos agrotóxicos e por produzir conhecimentos compartilhados com os movimentos sociais; com políticas públicas que potencializem a transição agroecológica – facilitando o acesso ao crédito, à assistência técnica adequada e que reconheça os conhecimentos e práticas agroecológicas das comunidades camponesas.

Não há possibilidade de convivência entre o modelo do agronegócio e o modelo da agroecologia no mesmo território, porque o desmatamento e as pulverizações de agrotóxicos geram desequilíbrios nos ecossistemas afetando diretamente as unidades agroecológicas. As políticas públicas devem estar atentas aos impactos dos agrotóxicos sobre as mulheres (abortos, leite materno, etc.) pois estas estão expostas de diferentes formas, que vão desde o trabalho nas lavouras até o momento da lavagem da roupa dos que utilizam os agrotóxicos. O uso seguro dos agrotóxicos e transgênicos é um mito e um paradigma que precisa ser desconstruído.

É fundamental a convergência de nossas ações com a Campanha Nacional Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, ampliando os diálogos e convergências com os movimentos sociais do campo e da cidade, agregando novas redes que não estiveram presentes nesse Encontro de Diálogos e Convergências. Temos que denunciar esse modelo do agronegócio para o mundo e buscar superá-lo por meio de políticas públicas que possam inibir o uso de agrotóxicos e transgênicos, a exemplo da proibição da pulverização aérea, ou ainda direcionando os recursos oriundos dos impostos dos agrotóxicos, cuja produção e comercialização é vergonhosamente subsidiada pelo Estado. O fim dos subsídios contribuiria para financiar o SUS e a agroecologia.

Com relação aos direitos dos agricultores, povos e comunidades tradicionais ao livre uso da biodiversidade, constatamos que está em curso, nos territórios, um processo de privatização da terra e da biodiversidade manejada pela produção familiar e camponesa, povos e comunidades tradicionais. Tal privatização é aprofundada pela flexibilização do Código Florestal, que é uma grande ameaça e abre caminhos para um processo brutal de destruição ambiental e apropriação de terra e territórios pelo agronegócio.

A privatização das sementes e mudas, dos conhecimentos tradicionais e dos diversos componentes da biodiversidade vem se dando de forma acelerada, com o Estado cumprindo um papel decisivo na mediação (regulamentação e políticas públicas) dos contratos estabelecidos entre empresas e comunidades, representando sérios riscos aos direitos ao livre uso da biodiversidade.

Causa grande preocupação que as questões nacionais sobre conservação e uso da biodiversidade estejam sendo discutidas e encaminhadas sem a participação efetiva das populações diretamente atingidas, estando sujeitas a agendas internacionais como a Rio +20. Consideramos uma violação a atual forma de “consulta” sobre importantes instrumentos legais e de política concentrada em poucos atores e de questionável representatividade.

Experiências presentes neste encontro demonstram avanços e se fortalecem a partir da legitimidade de suas práticas e aproveitando as brechas existentes na legislação. Este é o caso, por exemplo, dos bancos comunitários de sementes no semiárido; da produção de sementes agroecológicas a partir de variedades de domínio público; da auto-regulação dos conhecimentos tradicionais sobre as plantas medicinais do Cerrado; da constituição de um fundo público das quebradeiras de coco babaçu através da repartição de benefícios que reconhece o conhecimento tradicional associado.

É necessário aprofundar a organização das agricultoras e dos agricultores, extrativistas, povos e comunidades tradicionais em seus territórios, de forma a fortalecer os princípios e ações de cooperativismo e suas interlocuções com as redes regionais, estaduais e nacionais como estratégia de resistência e construção de alternativas. A geração de alternativas econômicas é crucial neste contexto. A apropriação do debate em torno dos direitos pode facilitar e fortalecer o diálogo de nossas redes e movimentos com a sociedade civil de modo geral, de modo a visibilizar a importância dos modos de vida destas comunidades para a garantia de direitos humanos, como o direito à alimentação adequada e saudável.

Nos diálogos sobre Soberania Alimentar e Nutricional, Economia Solidária e Agroecologia, as experiências apontaram o grande acúmulo na construção de alternativas ao atual modelo agroalimentar, que garantam, de forma articulada, a soberania alimentar e nutricional, a emancipação econômica dos trabalhadores e trabalhadoras nos territórios, em especial as mulheres, a promoção da saúde pública e a preservação ambiental. Constatou-se que estas iniciativas contribuem com a construção concreta e material de propostas diferenciadas de desenvolvimento, calcadas nas realidades, cultura e autonomia dos sujeitos dos territórios e orientadas para a justiça socioambiental, a democracia econômica e o direito à alimentação adequada.

Estes acúmulos se expressam através da existência e resistência de dezenas de milhares de empreendimentos e iniciativas de Economia Solidária e Agroecologia, especialmente quando articuladas e organizadas em redes e circuitos de produção, comercialização e consumo, que aproximam produtores e consumidores e fortalecem a economia e cultura locais, num enfrentamento à desterritorialização e desigualdades de gênero, raça e etnia inerentes ao atual padrão hegemônico de produção e distribuição agroalimentar.

Constatou-se que os programas de alimentação escolar (PNAE) e de aquisição de alimentos (PAA), assim como o reconhecimento constitucional do direito à alimentação e a implantação do Sistema e Política de Segurança Alimentar e Nutricional, são conquistas importantes para a agricultura familiar e camponesa. Por outro lado, de forma paradoxal, o Estado tem apoiado fortemente o agronegócio, através da subordinação de sua ação a interesses do capital, e da falta de um horizonte e estratégia definidos de expansão do orçamento do PAA e do PNAE.

As vivências e experiências denunciam também a grande quantidade de barreiras ao acesso das iniciativas e empreendimentos de Economia Solidária e Agroecologia a políticas públicas e ao mercado. Tais barreiras se expressam em uma legislação e inspeção sanitárias e tributárias incompatíveis às realidades das/dos produtoras/es e trabalhadoras/es associadas/os, em especial no processamento e agroindustrialização de polpas, doces e alimentos de origem animal. Estas barreiras, somadas à burocratização na aquisição da Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP) e a uma ofensiva de setores empresariais que têm denunciado à ANVISA empreendimentos produtivos assim que estes começam a se fortalecer, têm impedido o escoamento da produção dentro e fora do município e o acesso ao PAA e ao PNAE. O direito à organização do trabalho e da produção de forma associada só existirá com a conquista de garantias e condições legislativas, tributárias e de financiamento que sejam justas.

Os diálogos apontaram também a luta pelo consumo responsável, solidário e consciente como um campo importante de convergência entre as redes e movimentos e como um desdobramento concreto deste Encontro, através da construção conjunta de um diálogo pedagógico com a sociedade, tanto denunciando os impactos e danos dos alimentos vindos do agronegócio e contaminados com agrotóxicos, o que exige a regulação da publicidade de alimentos, quanto anunciando as alternativas disponíveis na Agroecologia e na Economia Solidária.

Em busca de novos caminhos

Os exercícios de diálogos que estamos realizando há dois anos e os excelentes resultados a que chegamos em nosso encontro reiteram a necessidade de fortalecermos nossas alianças estratégicas e renovarmos nossos métodos de ação convergente. As experiências que ancoraram nossas reflexões deixam claro que os temas que identificam as bandeiras de nossas redes e movimentos integram-se nas lutas do cotidiano que se desenvolvem nos campos e nas cidades contra os mecanismos de expropriação impostos pelo capital e em defesa dos territórios. Evidenciam, assim, a necessidade de intensificarmos e multiplicarmos as práticas de diálogos e convergências desde o âmbito local, onde as disputas territoriais materializam-se na forma de conflitos socioambientais, com impacto na saúde das populações, até níveis regionais, nacionais e internacionais, fundamentais para que as causas estruturais do atual modelo hegemônico sejam transformadas.

A natureza local e diversificada de nossas lutas vem até hoje facilitando as estratégias de sua invisibilização pelos setores hegemônicos e beneficiários do modelo. Esse fato nos indica a necessidade de atuarmos de forma articulada, incorporando formas criativas de denúncia, promovendo a visibilidade dos conflitos e das proposições que emergem das experiências populares.

Uma das linhas estratégicas para a promoção dos diálogos e convergências é a produção e disseminação de conhecimento sobre as trajetórias históricas de disputas territoriais e suas atuais manifestações. Nesse sentido, as alianças com o mundo acadêmico devem ser reforçadas também como parte de uma estratégia de reorientação das instituições do Estado, no sentido destas reforçarem as lutas pela justiça social e ambiental. Estimulamos a elaboração e uso de mapas que expressem as diferentes dimensões das lutas territoriais pelos seus protagonistas como uma estratégia de visibilização e articulação entre nossas redes e movimentos. O Intermapas já é uma expressão material das convergências.

Outra linha estratégica fundamenta-se em nossa afirmação de que a comunicação é um direito das pessoas e dos povos. Reafirmamos a importância, a necessidade e a obrigação de nos comunicarmos para tornar visíveis nossas realidades, nossas pautas e nosso projeto de desenvolvimento para o país. A mudança do marco regulatório da mídia é condição para a democratização dos meios de comunicação. Repudiamos as posturas de criminalização e as formas de representação que a mídia hegemônica adota ao abordar os territórios, modos de vida e lutas. Contestamos a produção da invisibilidade nesses meios de comunicação. O Estado deve se comprometer a financiar nossas mídias, inclusive para que possamos ampliar projetos de formação de comunicadores e de estruturação dos nossos próprios veículos de comunicação. As mídias públicas devem ser veículos para comunicar aprendizados de nossas experiências, proposições e campanhas. Por uma comunicação livre, democrática, comunitária, igualitária, plural e que defenda a vida acima do lucro.

Nossos diálogos convergem também para a necessidade do reconhecimento das mulheres como sujeito político, a importância de sua auto-organização e a centralidade do questionamento da divisão sexual do trabalho que desvaloriza e separa trabalho das mulheres em relação ao dos homens, assim negando a contribuição econômica da atividade doméstica de cuidados e a produção para o autoconsumo. Convergimos na compreensão do sentido crítico do pensamento e ação feministas para ressignificar e ampliar o sentido do trabalho e sua centralidade para a produção do viver.

A apropriação do feminismo como ferramenta política contribuirá para recuperar e visibilizar as experiências, os conhecimentos e as práticas das mulheres na construção da agroecologia, da economia solidária, da justiça ambiental e para garantir sua autonomia econômica.

Mas a história também mostra que o permanente exercício da violência dos homens contra as mulheres é um poderoso instrumento de dominação e controle patriarcal que fere a dignidade das mulheres e impede a conquista de sua autonomia, e as exclui dos espaços de poder e decisão. A violência contra as mulheres não é agroecológica, não é solidaria, não é sustentável, não é justa. Por isso é fundamental que as redes que estão organizando o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências assumam a erradicação da violência contra as mulheres como parte de um novo modelo de produção e consumo, que deve ter como um eixo fundamental a construção de novas relações humanas baseadas na igualdade.

O papel do Estado democrático é o de construir um país de cidadãos e cidadãs, promover e defender a organização da sociedade civil e de estabelecer com ela relações que permitam à sociedade reconhecer nas instituições a expressão do compromisso com o público e com a sustentabilidade. Esse princípio é contraditório com qualquer prática de criminalização dos movimentos e organizações que lutam por direitos civis de acesso soberano aos territórios e seus recursos.

As redes e movimentos promotores deste Encontro saem fortalecidos e têm ampliadas suas capacidades de expressão pública e ação política. Estamos apenas no início de um processo que se desdobrará em ambientes de diálogos e convergências que se organizarão a partir dos territórios, o lugar onde nossas lutas se integram na prática.


Salvador, 29 de setembro de 2011


Mais informações no site: http://dialogoseconvergencias.org/

Castanhalense lança EP solo: vale a pena conferir!!

Músico e compositor paraense, Elder Effe começou na música em 1998 com a banda Super 8, em Castanhal onde tocava principalmente covers de grupos de indie rock como Pixies,sex beatles até o pop de marisa monte ,ira , legião entre outros. Dela surgiu a banda Suzana Flag, que ajudou a projetar o trabalho nacionalmente, através do disco “Fanzine” (2003) e de vários singles de sucesso como “Contraposto”, “Boas Novas” e “Os Dias”, entre outros.

Em 2006, Elder deixou a Suzana Flag para montar o grupo Ataque Fantasma, com quem lançou dois EPs, Zero (2007) e Croma (2009), e atuar como baixista da banda Johny Rockstar, ao lado de quem lançou um EP ao vivo. Em 2007, Elder também gravou o disco “Canções de Bolso”, do grupo Telesonic. Atuando intensivamente no cenário da música pop do Pará e colecionando hits como "Central”, “Contraposto” , “Oswaldo”e "Detetive" , Elder completa 13 anos de carreira nesse ano de 2011, lançando-se em trabalho solo.

Fonte: http://www.paramusica.com.br/pagina/ladop/

Esse cara vai longe. Vale a pena conferir. Aí vai um link de um clip de uma de suas músicas: http://vimeo.com/30577884

Acho muito importante mostrarmos que no Pará também tem outros estilos de músicas e pessoas legais, fazendo coisas legais. O que nós assistimos na mídia é só tecnobrega, como se toda a diversidade de sons e estilos fosse pro ralo. Vamos valorizar esta diversidade e buscar curtir diferentes sons e não apenas aqueles que nos forçam a ouvir diariamente.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

CAMPANHA FECHAR ESCOLAS É CRIME!

CAMPANHA FECHAR ESCOLAS É CRIME!

Mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas nos últimos oito anos

A Educação é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal (Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo III, seção I) - direito de todos e dever do Estado. Entretanto, nos últimos anos, milhares de crianças e adolescentes, filhos e filhas de camponeses, estão sendo privados deste direito.

Nos últimos oito anos, mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas. Os dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, apontam que, no meio rural, existiam 107.432 escolas em 2002. Já em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036.

Para essas famílias camponesas, o anúncio do fechamento de uma escola na sua comunidade ou nas redondezas significa relegar seus filhos ao transporte escolar precarizado, às longas viagens diárias de ida e volta, saindo de madrugada e chegando no meio da tarde; à perda da convivência familiar, ao abandono da cultura do trabalho do campo e a tantos outros problemas.

O resultado comum desse processo é o abandono da escola, por grande parte daqueles levados do campo para estudar na cidade. É por essa razão que os níveis de escolaridade persistem muito baixos no campo brasileiro, em que pese tenha-se investido esforços e recursos para a universalização da educação básica.

Portanto, fechar uma escola do campo significa privar milhares de jovens de seu direito à escolarização, à formação como cidadãos e ao ensino que contemple e se dê em sua realidade e como parte de sua cultura. Num país de milhares de analfabetos, impedir por motivos econômicos ou administrativos o acesso dos jovens à escola é, sim, um crime!

A situação seria ainda mais grave não fosse a luta dos movimentos sociais do campo, por políticas de ampliação, recuperação, investimentos, formação de educadores e construção de escolas no campo. Importantes para reduzir a marcha do descaso dos gestores públicos para com os sujeitos do campo, mas insuficiente para garantir a universalização do acesso à educação no campo.

Denunciamos essa trágica realidade e conclamamos aos gestores públicos municipais, estaduais e federais que suspendam essa política excludente, revertendo o fechamento de escolas e ampliando o acesso à educação do campo e no campo. Conclamamos também a sociedade brasileira para que se manifeste em defesa do direito humano à educação, em defesa dos direitos das crianças, adolescentes e jovens do campo frequentarem a educação básica, no campo.

Defender as escolas do campo é uma obrigação, fechar escolas é um crime contra as futuras gerações e a própria sociedade!

Assinam

Marilena Chauí - Professora de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP)

Dermeval Saviani- Doutor em Filosofia da Educação – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),

Gaudêncio Frigotto, Professor Titular aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) mestre e doutor em Educação

Roberto Leher - Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Celi Zulke Taffarel - Doutora em Educação – Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Sergio Lessa, professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Alagoas Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Elza Margarida de Mendonça Peixoto - Doutora em Educação - Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Attíco Chassot- Atua na área de Educação, com ênfase em Alfabetização científica e História e Filosofia da Ciência - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Gelsa Knijnik- Doutora em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Luiz Carlos de Freitas- é professor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Cláudio Eduardo Félix dos Santos – Doutorando em Educação - Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Mauro Titton - Professor do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Daniel Cara - Cientista Político - Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Entidades

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)- Presidente Roberto Franklin de Leão

Ação Educativa - Sergio Haddad, economista, doutor em educação, coordenador geral

ActionAid

Centro de Cultura Luiz Freire – (CCLF)

Latinoamericana da educação - Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación – (CLADE) - Coordenadora Camilla Crosso

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA- CE) -– Coordenadora Margarida Marques

E-Changer Brasil – Solidariedade, construção coletiva, intercambio entre os povos – Coordenação - Djalma Costa

Fonte: http://www.mst.org.br/node/12562

Vamos fortalecer essa campanha moçada!!!!

Especialização em Educação do Campo reinicia no IFPA - Campus Castanhal

Hoje (20) iniciou mais uma turma de Especialização/Aperfeiçoamento em Educação do Campo, Agricultura Familiar e sustentabilidade na Amazônia ofertada para os educadores/as do Programa Projovem Campo Saberes da Terra. O Programa está sendo realizado em parceria com o Forúm Paraense de Educação do Campo (FPEC), Secretaria de Educação do Estado do Pará (SEDUC) e SECADI/MEC. Estiveram presentes na Mesa de abertura hoje a Prof. Dra. Roberta Coelho, coordenadora estadual do Programa no IFPA, Prof. Msc. Rui Chaves, Pró-Reitor de Extensão do IFPA, Prof. Msc. Romier Sousa, como formador do Programa e Maria Celeste Gomes Farias, representando a CECAF/SEDUC.
O objetivo desta primeira formação será debater o tema da Educação do Campo, além dos principios do Projovem Campo Saberes da Terra, com carga horária de 30 horas. Estão participando educadores/as dos municípios de Marapani, Chaves, Portel, Augusto Correa, Salinopolis e Viseu.

Seguiremos acompanhando este importante processo de Formação dos educadores do Campo!!

ENTREGA DAS CARTEIRAS DE MEIA INTERMUNICIPAL (ALELUIA)

Até que enfim!!!

Depois de muito esperar, finalmente ficou pronta a remessa das carteiras de meia passagem intermunicipal deste ano de 2011. Ou, pelo menos, uma parte delas.

A Comissão Gestora da Meia Passagem Intermunicipal (responsável pelo cadastro das instituições, estudantes e confecção das carteiras) agendou fazer a entrega nesta sexta-feira, dia 21 de outubro de 2011, às 15 horas, no auditório central aqui do campus, de 191 carteiras de meia intermunicipal. Outra parte da remessa será entregue posteriormente, pois ainda está em confecção (segundo a Comissão Gestora, eles estavam sem material para terminar a confecção). Os integrantes da Comissão Gestora vão aproveitar o momento para dialogar com os estudantes e tirar eventuais dúvidas (muitas, por sinal. Reclamações não devem faltar).

Solicitamos aos nossos estudantes que possam repassar essa informação aos demais.

Quem não puder pegar sua carteira amanhã, fique despreocupado. Ela ficará na Secretaria da CGAE, a disposição dos estudantes.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PET organiza Mini - Curso sobre Manejo Ecológico de Pragas



O Programa de Educação Tutorial - PET estará organizando nos dias 24 à 28 de outubro de 2011 um Mini - Curso sobre Manejo Ecológico de Pragas. O curso foi demandado por estudantes do Curso de Agropecuária do IFPA - Castanhal. Será ministrado pelo Pesquisador Dr. Walkimário Lemos da EMBRAPA - Amazônia Oriental. O objetivo do curso é debater alternativas ao uso de Agrotóxicos de forma indiscriminada no estado.

Para Ednara Alvino, com base no caderno de Formação da Campanha dos Agrotóxicos, o problema do ataque de pragas nos cultivos agrícolas reflete negativamente na produtividade, podendo até ocasionar a perda de cultivos inteiros. Na tentativa de solucionar esse problema tem se utilizado de forma excessiva agrotóxicos, e muitas vezes sem orientação técnica. Em lugar de resolver o problema, tem causado fortes danos ao planeta, com a contaminação da água, do solo, do ar e dos seres vivos, e causa um círculo vicioso de dependência química, a qual ainda encarece a produção.

É importante salientar que o Brasil por dois anos (2008 e 2009) foi considerado a agricultura mais envenenada do mundo, no entanto, nesse campeonato não há glória. Frente a esse contexto, a busca por alternativas menos prejudiciais que aproveitem as defesas naturais dos organismos, as dinâmicas das cadeias alimentares e reorganizem sistemicamente as técnicas de cultivo tradicionais. Sendo assim, conhecer e dominar o manejo ecológico de insetos-pragas é relevante na formação do profissional agrícola do século XXI.

A inscrição é gratuita e pode ser feita antecipadamente via email (petagro_ifpa@yahoo.com.br) ou na sala do PET Agronomia do IFPA - Castanhal (e no inicio do mini curso caso ainda hajam vagas).

Vamos Participar moçada!!!

Estudantes de Agronomia colocam o pé na estrada pra discutir Movimento Estudantil

Um grupo de estudantes do Curso de Agronomia do IFPA - Castanhal, ligados ao Centro Acadêmico e Núcleo de Trabalho Permanente - Agroecologia da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (NTP-Agroecologia da FEAB) caíram na estrada 14 horas de tempo, para participar do Seminário de Planejamento da FEAB - Regional VI no Projeto de Assentamento Palmares II em Parauapebas - PA. De acordo com Priscila Rollo (estudante, membro do NTP) o objetivo do Seminário foi refletir sobre a atual realidade internacional e nacional e depois pensar estratégias de internvenção no Movimento Estudantil da Agronomia. Um ponto forte foi relacionado aos grandes impactos da Mineração na região Sudeste e Sul do Pará. Outros temas debatidos foram os Impactos da Hidrohéletrica de Belo Monte, o problema do uso indiscriminado dos Agrotóxicos. Em relação a este último tema, foi deliberado a participação dos educandos de Castanhal na Campanha Contra o Uso de Agrotóxicos, campanha nacional que vem discutindo os graves riscos do uso de produtos químicos na Agropecuária.
Além dos educandos de Castanhal, estavam presentes estudantes de Belém, Capitão Poço (UFRA), Altamira e Marabá (UFPA). O Encontro contou com a participação de diversos Movimentos Sociais (Movimento dos Atingidos pela Mineração - MAM, Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST e Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal - ABEEF.
Segundo Priscila, além do debate da Campanha dos Agrotóxicos, ficaram com a tarefa de realizar um Seminário sobre Reforma Agrária no Campus. No próximo ano, a turma já esta programando um Curso de Formação em Agroecologia, que provavelmente o correrá em março/2012 em Conceição do Araguaia e uma Vivência em Anapu-PA. Em abril/2012 já estão programando uma Caravana do IFPA - Castanhal para o II Encontro Regional dos Estudantes de Agronomia, que será em Marabá.

Essa turma não para mesmo! Já estão arrumando as malas para o Congresso Brasileiro de Agroecologia - VII CBA, que ocorrerá em dezembro próximo na cidade de Fortaleza/CE. Além de muita mobilização e formação o grupo ainda tem tempo de fazer pesquisa, principalmente articulada as comunidades rurais. Foram aprovados mais de 10 trabalhos (Resumos expandidos) a serem apresentados no Congresso.

Pé na estrada moçada!!!!

Um coração sempre VERDE

Não poderia deixar de manifestar minha alegria em contribuir com este importante instrumento de comunicação criado por nosso amigo EDIVALDO MOURA. Como ex-aluno desta Instituição (Técnico em Agropecuária da turma de 91-93), sempre estive presente acompanhado as mudanças da Instituição nos ultimos 20 anos (eita, to ficando velho). Então, meu coração e parte de minha vida pertence a nossa saudosa Escola Agrotécnica, ou para os mais velhos, pertence ao Agrícola . Desde já agradeço o convite do Edivaldo e entre um capítulo e outro de minha Tese, pretendo contribuir com o BLOG. A ideia é poder contribuir com informação de qualidade, notícias, textos, principalmente ligados ao debate das agriculturas camponesas, agroecologia, educação do campo e desenvolvimento rural. Taí Valdo, vamos em frente!!!
Abraços a Tod@s!!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

REVISÃO PARA O ENEM

Mesmo em meio à greve, uma boa notícia para os estudantes: alguns professores tomaram a iniciativa e se organizaram para promover aulas de revisão para o Enem. Acontecerá no período de 19 a 21 de outubro de 2011 (de amanhã até sexta), de 8h às 12h e de 14h às 18h, na Sala C do Prédio de Aulas.

Confira a programação abaixo:

Quarta-feira, dia 19/10:
- 8h às 12h: Química (professor Luís Adriano)
- 14h às 16h: Física (professor Jaime Luís)
- 16h às 18h: Língua Portuguesa (professora Lucélia)


Quinta-feira, dia 20/10:
- 8h às 10h: Matemática (professor Bosco)
- 10h às 12h: Língua Estrangeira (professora Camila Prado)
- 14h às 18h: Biologia (professor Álvaro Ayres)


Quarta-feira, dia 19/10:
- 8h às 12h: História (professor Mário Médici)
- 14h às 16h: Sociologia (professora Marzane)
- 16h às 18h: Física (professor Jaime Luís)

Pedimos aos estudantes que irão prestar ENEM que divulguem aos demais colegas.

Parabéns aos professores pela iniciativa!


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estudantes voltam a gritar "Aulas já"

Hoje pela manhã estudantes do IFPA Campus Castanhal fecharam outra vez o portão de entrada do Instituto, tocando fogo em pneus e levantando faixas exigindo o retorno das aulas, impedindo a entrada de veículos (os servidores puderam entrar, mas a pé).

A greve já completa dois meses e as negociações entre Sinasefe e Governo não caminham a contento. A revolta dos estudantes é devido terem feito suas reinvidicações pelo retorno das aulas desde o dia 30 de setembro passado (ver postagem do dia 30 de setembro), sendo que mesmo depois de fazer essas reclamações na reunião que o Sinasefe promoveu com os servidores aqui do campus, na referida data, até agora não tiveram nenhuma sinalização sobre encaminhamentos que respondessem aos anseios da comunidade estudantil.

Mais do legítimo a reclamação dos estudantes pelo retorno de seu direito à educação, que lhes está suspenso e ainda sem previsão de retorno. No entanto, a bem da verdade, a manifestação acaba afetando a rotina dos servidores que estão trabalhando normalmente, e não dos servidores que não estão vindo para o campus (que é o problema). Esta greve, que desde o princípio foi defendida como uma greve de ocupação, com atividades de formação política no campus, na verdade não tem promovido quase evento algum, salvo poucas exceções. E o resultado disso é que estão no campus uma parte dos servidores que são responsáveis por projetos, setores e atividades essenciais que não podem ser interrompidas. Uma boa parte dos demais não aparece por aqui e praticamente descansa em suas casas, ou aproveita para resolver assuntos particulares. E essa tem sido uma crítica contundente dos estudantes. Outro dia ouvi de um professor da rede estadual, que também está em greve (embora há bem menos tempo do que os Institutos Federais), a seguinte frase: "oh, coisa boa é estar de greve. A gente não trabalha e ganha tudo direitinho". Sem querer desmerecer as reinvidicações mais do que legítimas dos servidores dos Institutos Federais de todo o Brasil (categoria da qual também faço parte), infelizmente esse é o retrato do que está acontecendo aqui no campus. Mas, no final das contas, os gritos dos estudantes, categoria que mais sofre em meio a esse impasse, acaba sendo ouvido somente por aqueles que permanecem no campus, e não o contrário.

Segundo as últimas informações que nos foram passadas, a greve é certa até o dia 22 de outubro, ocasião da 106ª PLENA nacional que decidirá (novamente) os rumos da greve.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

BOAS VINDAS

Bom é claro que a notícia do momento está relacionada a questão da greve, no entanto, é preciso desejar as boas vindas aos nossos mais novos colaboradores, aproveitando (viu Edivaldo) para lhe surpreender com essa postagem, que também significa o meu avanço neste mais novo ( para mim...rsrsrsrsrs) recurso de comunicação. Dessa maneira, também desejo boas vindas a minha pessoa a qual efetivamente garante a própria presença neste blog...kkkkkk SUCESSO e vamos lá porque esta Instituição tem muito para contar....!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

... E a GREVE continua

Por decisão da quase da totalidade dos servidores presentes hoje, às 10 horas, no auditório central do Campus Castanhal, este campus permanece em greve. O indicativo pela continuidade da greve em nossa Instituição será encaminhado ao Professor Reginaldo Pinheiro, que irá representar o estado do Pará na 105ª PLENA que ocorrerá em Brasília amanhã, dia 05 de outubro de 2011. Esta PLENA é quem decidirá os rumos da greve a nível nacional. No dia 06 de outubro, quinta-feira, haverá uma assembléia do Sinasefe em Belém, para definir os rumos do IFPA. Mas, segundo informações dadas na reunião de hoje, a maioria dos campi do IFPA estão votando pela continuidade da greve.

O Boletim nº 20, do Comando Nacional de Greve, fala sobre a necessidade de intensificar o movimento frente à intransigência do Governo Federal e apresenta um mapa que mostra a configuração dos Institutos Federais em relação à permanência ou saída da greve. Apenas quatro estados já saíram: Roraima, Amazonas, Alagoas e Santa Catarina. Pernambuco não entrou em greve e os estados do Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná e Piauí não pussuíam seção sindical e não entraram em greve. O restante dos Institutos Federais (dezesseis estados) permanecem em greve até o presente momento. De acordo com o Sinasefe, das seções que deflagaram greve 73% continuam no movimento.

Por enquanto é isso, novidades agora só depois da 105ª PLENA. Mas, pelo andar da carruagem... podemos esperar um tempo ainda para ver as aulas de novo. Deliberada a continuidade da greve, resta esperar que o MPOG largue sua inflexibilidade e se disponha a negociar com os grevistas, com proposições decentes e dignas da categoria, para garantir que as coisas voltem ao normal. Até lá, os estudantes continuam arcando com as maiores consequências e prejuízos desse processo. E, pelo visto, vão continuar, pelo menos até o Governo Federal se sensibilizar frente às reinvidicações dos servidores, Que, diga-se de passagem, são justas. O problema é que o Governo vira as costas para essa situação e não acerta suas contas com os servidores. E quem finda pagando a conta nisso tudo são os estudantes...