quinta-feira, 20 de maio de 2010

Visagens no IFPA

Não é de hoje que histórias de assombrações circulam no IFPA Campus Castanhal. Relatos os mais variados já foram contados, para curiosidade de uns e desespero de outros: uma mulher loira que assombra o prédio administrativo às noites, portas que se abrem sozinhas, uma mulher de preto que circunda as vias no período noturno, assobios de matinta... e por aí vai.

Uma vez ouvi dizer que o professor Fernando Favacho foi colocado pra correr do setor de Recursos Humanos. As cadeiras e os papéis começaram a se mexer sozinho e ele "pegou o beco" rapidinho. Tia Maria José, cozinheira, também passou por maus bocados quando fazia faxina ali. Alguma espécie de visagem misteriosa a teria posto pra correr umas duas vezes. Jeferson, da Coordenação de Serviços Auxiliares - CSA, também já relatou ter percebido coisas estranhas, do tipo: "acendi todas as luzes, e depois elas se apagaram sozinhas uma a uma". Contam que o Valente, da Unidade de Processamento de Dados - UPD, quando estava dando aula, às vezes interrompia o que estava falando para esperar que um estudante que só ele estava vendo adentrasse a sala e se sentasse. Para os vigilantes mais antigos, a coisa parece ser tão corriqueira que eles já levam em tom de brincadeira. E Seu Manoel Barata jura que já foi acompanhado da matinta perera das UEPs até o CGAE.

Eu mesmo vivenciei uma coisa estranha. Foi em um mês de férias. Nenhum servidor, nenhum estudante. Só eu na CGAE. Era início de noite e eu me aprontava para ir para minha casa, mas o tempo fechou e eu resolvi esperar para não ser pego pela chuva. Um vento muito forte começou a balançar os balancins. Eu saí para o corredor e percebi que o vento também parecia estar dentro das outras salas, porém elas estavam fechadas. A fechadura da secretaria da CGAE se mexia como se houvesse alguém preso lá dentro. De repente, algo começou a caminhar de uma sala para outra, pelo forro. Quando passou na minha sala, o forro se movia como se estivesse sob o peso de pegadas. Rapidinho, desliguei tudo e fui apressado embora. Quando estava descendo as escadas da CGAE, o vento e o buraco nas salas e no forro cessaram...

Após o lamentável episódio dos casos de meningite no campus (naquela época ainda Escola Agrotécnica), os alojamentos tiveram que entrar em reforma e os estudantes precisaram morar em outros setores, que foram improvisados como quartos. A galera que foi escalada para ficar no Auditório de Mecanização parecia que eram os mais sortudos, pois lá tinha ar condicionado (as salas de aula ainda não eram refrigeradas). Engano. Eles penaram muito. Relatos frequentes chegavam a CGAE. Eram batidas na janela. Quando iam olhar, não havia ninguém. E imediatamente, as batidas já eram na porta, do outro lado da sala. Impossível ter sido a mesma pessoa. E de novo não havia ninguém. E, é claro, ninguém dormia... Aquele tenebroso ano de 2005 (ano em que quatro estudantes morreram, dois residentes por meningite, um outro estudante assassinado e um outro de câncer), foi o período no qual os relatos de assombrações haviam sido os mais frequentes... até hoje.

Começou com as meninas, quando elas ainda moravam no alojamento A. Alguém misterioso as tocavam, mas não havia ninguém por perto. Depois, ao se mudarem para o alojamento C, entraram em desespero ao ver um homem sem camisa (Tarado? Visagem? Ou algum residente desocupado?) e uma mulher de preto (olha ela aí de novo) circulando ao redor do alojamento. Mas, a coisa pegou mesmo foi no alojamento B: beliches que se balançam sozinhos, copos que se arrastavam no chão, chapéus voando pelo quarto, ventilador que pega fogo, vulto de estudante com roupa de apicultor, gemidos embaixo da cama... por dias seguidos! Provavelmente, tem aí alguns residentes bricalhões (e vivos) fazendo medo a alguns colegas. Mas, os relatos são tantos que parece difícil não haver um quê de verdade nos relatos. Os residentes passaram a rezar mais e a ler a Bíblia. Não sei se por causa disso, mas as assombrações parecem que entraram em recesso.

Hoje, à noite, Dra Naely, do Centro Espírita, estará, junto com a Assistente de Alunos Cantanila, no Auditório Central, exibindo um vídeo seguido de debate. O tema será "Conversando com os Espíritos". A idéia é acalmar os estudantes, falar sobre o poder e a importância da oração (independente de credo religioso) e tornar o assunto, digamos, mais "natural".

Tudo tem seu lado positivo. Talvez o fato tenha servido para aproximar os estudantes mais de Deus. E a se aquietar mais nos quartos, após as 22 horas. Se voltará a ocorrer essas manifestações com a mesma frequência de novo, só o tempo vai dizer. Quem sabe com um pouco mais de oração e de disciplina, os tais fenômenos realmente não parem. Ou, do contrário, apareçam lobisomens na fazenda escola ou morcegos vampiros sugando o sangue das pobres vaquinhas. Cruz credo!

6 comentários:

  1. Pare de assustar os calouros com sua histórias!!!!!!

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  2. ei , essa pohha asusta mesmo os calouros para com essa onda, (8)

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  3. Pow tá de Parabéns edvaldo, curti muito a post!
    Apesar de já ter termionado é sempre bom ter algumas noticias!

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  4. é edivaldo tem gente que não acredita.. só pensam que é pra assustar calouros... deixa eles pensarem.. xD

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  5. rsrsrsrrs...
    isso é verdade mesmo...olha fui monitora de apicultura e olha os setores a partir da mecanização são mesmo de dá medo....a UEP da roçinha então.buuuuuuuuu

    Bjs Ed!!!!

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  6. Muito legal viajar com as historinhas, mas estão faltando: a da mulher que morreu não lembro se foi envenenada ou no banheiro, da criança que chora e das visagens que perambulam na residência masculina, que são muito boas também. É válida uma outra pesquisa para fazer visagens no IFPA 2 ;D
    Aguardo!

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